David
Swan coloca um dos fundadores do Guns n Roses, e também baixista, Duff Mckagan
em “In the Firing Line” para falar de Reality TV, conselhos financeiros e
porquê o Velvet Revolver não encontra outro vocalista.
Ser membro de uma das maiores bandas de hard rock de todos os tempos te traz
certas responsabilidades e expectativas. Primeiramente, para escrever um livro
explosivo sobre suas experiências. Segundo, tendo uma separação com o vocalista
ao ponto de estipular que ele é uma “persona non grata” ao ser citado nas
entrevistas. E terceiro, estrelar um reality show vergonhoso com sua esposa.
Mas Duff Mckagan sempre foi mais acima e além, e sua carreira pós Guns n Roses
tem sido seu trabalho como colunista e ter formado grandiosos supergrupos
enquanto lidera sua própria banda, Duff Mckagans Loaded.
Eram 4 horas de uma tarde quente na costa oeste dos Estados Unidos, e Duff
estava em grande forma enquanto ele falava ao FL sobre supergrupos, o infame
show no Calder Park em Melbourne – 1993, porquê ele realmente largou o Jane’s
Addiction, e como ele se sente sobre o resto do mundo vendo sua esposa, a
modelo Susan Holmes-Mckagan, nua. Se você estiver cansado das mesmas velhas
historias sobre vicio em drogas, leia sua autobiografia, “It’so Easy (And Other
Lies)”.
De qual banda você se sente mais orgulhoso? Guns
n’ Roses, Velvet Revolver ou Loaded?
Você
não citou o nome de várias bandas... Eu sou grato apenas pelo fato de que
pessoas ainda vem para me ver tocar. Eu não sei se tem alguma banda em
particular. Eu acho apenas que todo o “arco” me deixa de queixo caído, sério.
Eu sou grato por tudo isso.
Por que “Duff Mckagan’s Loaded”? Por que não
apenas “Loaded”?
Essa
é uma ótima pergunta. Eu ia usar apenas
Loaded quando a banda começou. Acho que foi para distinguir o Loaded de todos
os outros Loaded’s fazendo turnê por aí.
Quem vai realmente substituir Scott Weiland no
Velvet Revolver?
Não
tenho ideia.
Onde isso chegou neste momento?
Hmm...
Acho que em lugar nenhum. Acho que as pessoas meio que cansaram de falar sobre
isso, porque realmente não tem um cara, então não há nada que eu, Slash, Matt
ou Dave possamos falar que mudaria o curso dessa questão. Então, não tem ninguém
agora, e eu acho que com o Slash em turnê, e comigo em turnê, as pessoas com o
tempo vão parando de perguntar. Talvez quando tudo se acalmar, encontremos o
cara.
É mais intimidante estar num supergrupo do que
numa banda comum?
Todas
as bandas são super. A intenção é, quando eu, Slash e Matt começamos a escrever
canções tinha um boato sobre LA e na indústria da musica, de que nós estaríamos
compondo, e não era chamado de supergrupo. Eram apenas três caras do Guns.
Então logo que você adiciona um cara de outra banda, repentinamente vira um
supergrupo... Quer dizer, quando eu penso na palavra “supergrupo”, eu sou um
cara velho, então eu penso no Asia, e essa foi a primeira vez que eu ouvi essa
palavra. E nós não somos como o Asia. Mas já não era intimidante tocar com
Slash e Matt em 2003 e 2004 quando começamos esse lance, como era nos anos 90. Nós
éramos apenas amigos. Scott... Nós já éramos amigos por algum tempo, então era
só mais um camarada. De longe era tipo, “Meu Deus! Os superamigos estão se
reunindo”, mas era mais como “não mesmo”, mas não dá pra argumentar contra
isso.
Duas décadas depois, como você se sente sobre
seu álbum solo, “Believe in Me”?
É
um bom retrato de um idiota bêbado. Acho que foi um grande retrato do meu
estado mental... Não acho que seja um grande disco, mas um grande retrato.
Quais suas memórias (se tiver) sobre o infame
show dos Gunners no Calder Park Raceway em Melbourne? O calor, publico sem
água, etc.?
Eu
não me lembro de ninguém ficando sem água, mas é claro que eu não teria ouvido
sobre isso – não tinha internet. Eu me lembro do show, me lembro de ver um
grande mar de pessoas. E a Austrália, bem, a primeira vez que viemos tocar foi
em 88. Tão longe para um americano, e muito exótico sabe. Foi demais. 2000
pessoas sentadas, e tinha um cara com a Cruz da capa de Appetite For
Destruction tatuada em suas costas. Quando vou à Austrália eu ainda me lembro
desse cara, e meio que significou para mim o comprometimento desse país para
com nossa banda. Mesmo que não seja algo justo, ou não, mas significa. Me fez
pensar, “Esses caras são hardcore pra caralho.”
Então esse show, foi um show enorme. Rose Tattoo também estava nele, e eram uma
banda que realmente significava muito. Eu fiquei sabendo deles quando o Guns
começou. E era como um Guinness Record do maior show no hemisfério sul, algo do
tipo. Foi durante o período da banda em que as coisas estavam realmente
crescendo, você com 26 anos, e coisas como essa começavam a serem comuns. Você
realmente não sabe como lidar.
Você já considerou tocar com o Neurotic
Outsiders de novo?
Já,
sim. Foi provavelmente a banda mais divertida em que eu estive, apenas porque você
não dá a mínima, e nós estávamos numa banda com Steve Jones (Sex Pistols), e
tudo era meio que O Grande golpe do Rock
n’ Roll. Nós tínhamos um grande contrato. Nós não tentamos, não estávamos tentando,
e passando por todo esse lance com Jonesy (n.t:
apelido de Steve Jones) que não estava nem aí, e ele é um dos meus ídolos.
Estar no assento do capitão foi uma ótima experiência em minha vida.
Slash recentemente disse ao Aussie Media que certa vez ele encontrou sua mãe na cama com David
Bowie. Ele realmente fez isso?
Ele
não estava fazendo aquilo.
Qual a melhor peça de um conselho financeiro que
você tem a oferecer às pessoas lendo isso? (Duff recentemente começou uma firma
de consultoria financeira, Meridian Rock, para jovens músicos.)
Enterre em seu quintal.
Não, eu tive uma coluna financeira por um ano durante a crise, em 2009,
e onde fiz meu melhor trabalho em que disseminei algumas informações avançadas
sobre finanças para que pessoas comuns como você e eu entendessem. Eu creio que
minha coluna tenha ajudado algumas pessoas se sentirem menos assustadas para
entenderem o que toda terminologia por aí significam.
Escrever não paga contas. Eu apenas gosto de escrever, e a Seattle Weekly me ligou cerca de quatro anos atrás, para uma coluna semanal. Eu meio que viciei nisso. Eu leio muito. E eu ganhei uma coluna na ESPN, então de repente eu estava escrevendo 2000 palavras por semana e devido a toda essa escrita eu pude escrever o livro. Eu nunca fiz nada baseado em dinheiro ou lucros. Eu apenas gosto do que faço. Então se você me ver fazendo algo, é porque gosto. Mas o Rock n Roll não paga todas as contas, claro. Vendas de discos podem pagar algumas, mas hoje em dia ninguém realmente está fazendo fortuna vendendo discos. Talvez o Linkin Park ou o Pearl Jam.
Por que você realmente deixou o Jane’s Addiction? Na época você citou “diferenças musicais”.
Qual a parte mais embaraçosa em estar envolvido no “Married to Rock”?
Matéria Original: Faster/Louder