Tradução
da coluna do Duff na ESPN:
Duff diz que atletas e músicos compartilham muitos laços em
comuns, com uma grande exceção.
Muito tem sido dito da
paridade entre músicos e atletas. A questão é, muitas vezes, feita de um músico,
“Uau! Eu não sabia que você era tão ligado
em esportes. Como isso aconteceu?” A mesma
surpresa pode perseguir atletas profissionais quando eles estão ouvindo alguma música
bombástica de hip-hop no clube ou quando eles assistem a um show de rock.
As arenas onde se jogam
esportes e tocam música ao vivo não são tão distantes entre si, afinal, se você
olhar essas duas coisas. Tudo se resume ao que eu chamo de “fator de raiva”.
Uma força interior, como a
raiva, pode fazer uma pessoa tentar ser a melhor naquilo que faz. Raiva
controlada pode ser liberada em uma performance, seja no campo ou em um palco.
Ensaiar por incontáveis horas não é mesma coisa; tem que
haver um tipo de pessoa que faça tal coisa. A mesma coisa pode ser dita para
atletas. Claro, alguns têm um talento natural – mas a maioria simplesmente
precisa ralar muito para ficar melhor.
Outra similaridade, do que tenho
observado, é que grandes atletas e músicos bem sucedidos têm uma tendência bem
forte de ser a pessoa Tipo A: pessoas realmente energéticas que não precisam
ser lembradas e forçadas a praticarem ou realizarem no mais alto nível de resistência
humana e agressão. Novamente, esta é uma visão geral, e definitivamente há suas
exceções (Allen Iverson veio à mente, eu suponho). E sim, agressividade é a
chave tanto para músicos quanto para atletas.
E
quanto à bajulação?
Muitos de nós que está
respirando e fazendo nosso próprio caminho na vida financeira (seja você um
caminhoneiro, um cozinheiro ou um caixa de banco) trabalha duramente e muitas
das pessoas nunca sabem o quão duro
você trabalha. Mas imagine, labutando com todas as esperanças, de que algum dia
você será reconhecido por uma sala lotada de pessoas gritando seu nome? Pode levar
você a trabalhar ainda mais se você sabe que isso virá a público de alguma
maneira. É apenas a natureza humana, certo?
Músicos e atletas também operam fora do normal. Se você
perguntar a atletas ou músicos top, eu aposto com você que nenhum grupo diria
que foi programado para desonestidade. Eles se sentem, de alguma forma,
diferentes da maioria. Não necessariamente melhor,
lembre-se, apenas diferente. É um caminho onde errar não é uma opção, porque se
houver erro, muitas vezes não há um plano para reparação.
Ao longo dos anos, eu tenho visto
todos, desde John McEnroe a Dennis Rodman e Raul Ibanez nos shows que eu
participei. Parece haver um entendimento mudo. Nós conhecemos todos os
aeroportos. Conhecemos a euforia da vitória. Sabemos das desvantagens de estar
longe daqueles que estimamos, como família e amigos. Sabemos o que é derrota. Suas
carreiras têm seus altos e baixos e nunca parece haver qualquer estabilidade
real.
No entanto, há uma grande diferença
entre os dois grupos; até agora, não há testes aleatórios de urina no rock n’
roll, para drogas ”que aumentam o desempenho”. A menos, é claro, que haja uma
ordem judicial, mas isso é uma outra história... para outro dia.
Originalmente
publicado em 29 de fevereiro de http://sports.espn.go.com/espn/thelife/music/news/story?id=7630413