quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Atletas, músicos e a “raiva controlada”

Tradução da coluna do Duff na ESPN:
Duff diz que atletas e músicos compartilham muitos laços em comuns, com uma grande exceção.

Muito tem sido dito da paridade entre músicos e atletas. A questão é, muitas vezes, feita de um músico, “Uau! Eu não sabia que você era tão ligado em esportes. Como isso aconteceu?” A mesma surpresa pode perseguir atletas profissionais quando eles estão ouvindo alguma música bombástica de hip-hop no clube ou quando eles assistem a um show de rock.
As arenas onde se jogam esportes e tocam música ao vivo não são tão distantes entre si, afinal, se você olhar essas duas coisas. Tudo se resume ao que eu chamo de “fator de raiva”.

Uma força interior, como a raiva, pode fazer uma pessoa tentar ser a melhor naquilo que faz. Raiva controlada pode ser liberada em uma performance, seja no campo ou em um palco.
Ensaiar por incontáveis horas não é mesma coisa; tem que haver um tipo de pessoa que faça tal coisa. A mesma coisa pode ser dita para atletas. Claro, alguns têm um talento natural – mas a maioria simplesmente precisa ralar muito para ficar melhor.

Outra similaridade, do que tenho observado, é que grandes atletas e músicos bem sucedidos têm uma tendência bem forte de ser a pessoa Tipo A: pessoas realmente energéticas que não precisam ser lembradas e forçadas a praticarem ou realizarem no mais alto nível de resistência humana e agressão. Novamente, esta é uma visão geral, e definitivamente há suas exceções (Allen Iverson veio à mente, eu suponho). E sim, agressividade é a chave tanto para músicos quanto para atletas.
E quanto à bajulação?
Muitos de nós que está respirando e fazendo nosso próprio caminho na vida financeira (seja você um caminhoneiro, um cozinheiro ou um caixa de banco) trabalha duramente e muitas das pessoas nunca sabem o quão duro você trabalha. Mas imagine, labutando com todas as esperanças, de que algum dia você será reconhecido por uma sala lotada de pessoas gritando seu nome? Pode levar você a trabalhar ainda mais se você sabe que isso virá a público de alguma maneira. É apenas a natureza humana, certo?

Músicos e atletas também operam fora do normal. Se você perguntar a atletas ou músicos top, eu aposto com você que nenhum grupo diria que foi programado para desonestidade. Eles se sentem, de alguma forma, diferentes da maioria. Não necessariamente melhor, lembre-se, apenas diferente. É um caminho onde errar não é uma opção, porque se houver erro, muitas vezes não há um plano para reparação.

Ao longo dos anos, eu tenho visto todos, desde John McEnroe a Dennis Rodman e Raul Ibanez nos shows que eu participei. Parece haver um entendimento mudo. Nós conhecemos todos os aeroportos. Conhecemos a euforia da vitória. Sabemos das desvantagens de estar longe daqueles que estimamos, como família e amigos. Sabemos o que é derrota. Suas carreiras têm seus altos e baixos e nunca parece haver qualquer estabilidade real.
No entanto, há uma grande diferença entre os dois grupos; até agora, não há testes aleatórios de urina no rock n’ roll, para drogas ”que aumentam o desempenho”. A menos, é claro, que haja uma ordem judicial, mas isso é uma outra história... para outro dia.

Originalmente publicado em 29 de fevereiro de http://sports.espn.go.com/espn/thelife/music/news/story?id=7630413

 
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