Tradução da coluna do Duff na ESPN:
Duff McKagan recorda
os primeiros dias de sucesso quando ele se tornou mais engraçado e mais bonito.
Desde que eu não sou
seu tipo usual de escritor aqui na ESPN (leia-se: não sou um cronista esportivo,
por mais selvagem imaginação de qualquer um), tem sido minha missão tentar igualar
histórias esportivas aqui e ali com alguma coisa que talvez eu já tenha vivido.
McKagan tem visto alguma @$#*. McKagan é um fã de esportes como todos vocês. McKagan
tem sua própria coluna. Ciclo.
Eu sou de uma cidade (Seattle) que perdeu seu time da
NBA. Desde que a perda ocorreu – a NBA em si e como um todo – é como se tivesse
“morta” pra mim. Oh, eu meio que ainda sigo no mais obscuro dos termos (Blake
Griffin tem inspirado uma pitada certa de fanatismo); mas em sua grande maioria,
os fãs de basketball em Seattle são como o proverbial “homem sem um país”.
Mas na semana passada ao que parece, alguma
coisa apelidada “Linsanity” nos pegou como uma espuma. Sim. Jeremy Lin, aquele
cara normal que alguns aspectos poderiam ser como você ou eu (bem, se você ou
eu pudesse ir pra Harvard e jogar basketball de modo excelente e ainda ser um trunfo
não notado dos aros estaríamos iguais no próximo nível), que veio do nada e acaba
de “esmagar” nos últimos seis jogos para seu New York Knicks. Ele fez isso de
novo na noite de terça-feira, marcando 27 pontos e ganhando a partida com uma
bola de três pontos restando 0,5 segundo pro encerramento, contra o Raptors. É divertido assistir. É excitante e desperta o nosso
imaginário coletivo do oprimido. Davi contra Golias. Tornou-se uma história
de devaneio do que “poderia ser” em nossas próprias vidas.
Então agora, para um lado desta história que
eu posso meio que relacionar com alguma coisa que eu tenha vivido, era uma vez
quando surpreendentemente, minha banda de rock GN’R de repente, da noite para o
dia, passou do pensamento de meninos de rua a quem ninguém dava uma chance real
de sobreviver para um sucesso do tipo Cinderella. Na sua própria opinião dentro de um aquário, você não sente
mudanças em si mesmo. Mas do lado de fora
– isto é, como as outras pessoas de repente passam a tratar você por causa de
seu sucesso – pode-se confundir e pensar que talvez você seja um pouco mais
grandioso e fodão.
Durante os primeiros
seis meses após o nosso primeiro álbum “Appetite For Destruction” finalmente decolar,
eu realmente pensei que eu talvez fosse um pouco mais bonito e mais engraçado
do que eu imaginava ser. Eu quero dizer – caramba – as pessoas riam de todas as
minhas piadas, dizendo o quão engraçado eu era, e o sexo oposto de repente
estavam todas interessadas em mim. Eu era o “cara”. As pessoas finalmente perceberam como eu era legal.
Já tava na hora, afinal. Eu digo os seis primeiros meses, porque em seguida, um
dos meus irmãos mais velhos foi me visitar em Los Angeles. Depois de alguns
dias ficando comigo e testemunhando toda aquela palhaçada em primeira mão, meu
irmão me sentou e me deu uma conversa do tipo “você-sabe-que-estas-pessoas-só-querem-embarcar-na-sua-fama-e-da-sua-banda-e-eles-realmente-não-dão-a-mínima-pra-você”.
De repente eu acordei. Eu havia bebido o ponche, e ele estava morto à direita.
Jeremy Lin, sem dúvidas, experimentará
alguma coisa do tipo agora. Ele parece ser um cara que é muito focado e tem uma
ótima família ao redor dele. Eu me
pergunto se aquele irmão que dorme no seu sofá teria a mesma conversa que eu
tive com meu irmão. Mas por enquanto Jeremy, o sexo oposto pode ser divertido também!