Tradução da coluna do Duff no Seattle Weekly (Reverb):
Algumas vezes você vai a um show de rock porque você apenas tem que ir. Rock and roll tem passado por muitas fases ao longo dos anos. Mas de vez em quando nós temos bandas que vão ao topo, bandas que resistem ao teste de tempo.
Aerosmith
e Cheap Trick são, decididamente, duas destas bandas, bandas que você PRECISA
ver de vez em quando; se nada mais, mas para inspirar e lembrar você de quanto é
ótimo a despojada música de rock.
As duas
bandas tocaram na quarta-feira a noite em Tacoma, e depois de pensar em tantos
motivos que pude para sair dirigindo para o sul passando pelo tráfego pesado, não
havia nada que pudesse me impedir de ver Aerosmith e Cheap Trick.
Estas duas bandas tiveram uma épica influência musical em meus anos de
formação; As bandas que nós formamos anos mais tarde, no início dos anos ’80,
tinham uma dose dessas influências misturada com a agressão do punk rock. Não havia ninguém que eu conhecesse – punker hardcore
ou maníaco metal – que simplesmente não amasse o Aerosmith e o Cheap Trick.
Álbuns como Toys In The Attic e In Color serão um fator legal permanente
na banda.
O show
foi esgotado. É um bom sinal para o rock and roll.
Cheap
Trick sempre se manteve real. Eles nunca se desviaram de suas origens de
escrever ótimos rocks com melodias insanas. Seus shows são – provavelmente por
causa de seu épico algum de 1979, Cheap Trick
at Budokan – sempre buscando uma espécie de uma amável rockticipação (é
esta a palavra? Agora é!). O Trick nunca usaram fitas em seus shows, e eles
nunca aderiram aos in-ear monitor ou outras novas modas de tecnologia em shows.
Eles tocam um rock alto, e ninguém faz esse tipo de coisa melhor que o Cheap
Trick. E, eles não parecem perder, nem recuar um passo. (Foi uma honra, devo
dizer, ser convidado a se tocar com a banda durante o set).
Tem
havido dramas e intrigas rondando o Aerosmith na última década. Questões tem
sido feitas sobre quantos de seus shows tem sido realmente ao vivo. Questões foram feitas
sobre eles tentando capturar alguns daqueles velhos riffs escritos em canções
mágicas de outrora. Eles estão no vício novamente? Tom Hamilton
está bem? Eles vão se separar?
Cerca de
25 anos atrás, foi me dada a chance (com o GNR) de abrir shows para o
Aerosmith. Aerosmith foi bem seu caminho de retornar ao topo após uma separação
ruim e luta com sérios vícios. Este foi um cenário de sonho para uma banda como
a nossa. Esses caras eram nossas vidas e nossos heróis, e eu me lembro de me
beliscar quase todas as noites quando a linha de introdução de “Dream On” era
tocada. Eu quero dizer... DROGA! Esta foi a porra do Aerosmith. Nós
estavamos lá, no palco, e agora, e
fazendo alguma coisa em CONJUNTO com estes nossos heróis. Foi uma época mágica,
para dizer o mínimo.
Toda essa
comoção negativa que envolve uma banda como o Aerosmith, pode e será
imediatamente lavada e descartada indo vê-los ao vivo. NÃO HÁ fitas, é claro.
Brad Whitford e Joe Perry estão tocando guitarras melhores do que nunca. Steven
Tyler é um brincalhão, feliz e cantando todas aquelas notas altas impossíveis. Joey
Kramer tem um groove como nenhum outro baterista. E Tom Hamilton se recuperou
de seu cancer, e continua sendo a âncora firme deste navio.
Diabos,
eu até mesmo amei o fato de ambas as bandas terem feito mais de um punhado de
erros. Erros fazem de repente a música [se tornar] humana para nós... mais acessível, compreensível
e portanto, muito mais perfeita , de certa forma.
Eu fui transformado na noite de quarta-feira a noite,
voltei aos anos ’70. Mas não era de forma alguma um caminho “retro” bobo; não
se enganem: estas bandas estão, de alguma forma, tão atuais como nenhuma outra.
Não, eu fui trasformado pela música, a uma época que haviam heróis musicais,
inspiração e grandeza.
Quarta-feira
a noite, eu precisei ir até Tacoma, e estou muito feliz por vocês estarem todos
lá também.
Originalmente
publicado em 10 de agosto de 2012: http://blogs.seattleweekly.com/reverb/2012/08/duff_mckagan_aerosmith_cheap_t.php