Tradução da coluna do Duff na Seattle Weekly (Reverb):
Quando os
executivos de uma rádio testam um novo single para um artista, eles reúnem ouvintes
em uma sala, colocam algumas canções diferentes de um mesmo artista e perguntam
aos participantes como eles reagiriam se eles escutassem a canção no rádio.
Você:
A. Mudaria
de estação de rádio se ouvisse esta canção?
B. Aumentaria o volume se ouvisse esta canção?
C. Não faria nada se você ouvisse esta canção?
B. Aumentaria o volume se ouvisse esta canção?
C. Não faria nada se você ouvisse esta canção?
A reação que eles procuram é a “C”.
Pense
nisso por um segundo: Estas estações não querem que você mude de rádio. Nem
mesmo que mude o volume (eu acho que eles pensam que você irá erroneamente
trocar de rádio ao invés de aumentar o volume... consumidor burro). Esta é a metodologia
moderna, e esta informação é utilizada na multitarefa de gravadoras / parceiros
de estação de rádio. Ninguém quer que VOCÊ toque no dial [Nota: trocar de
estação de rádio].
É claro, nós entendemos. Nós somos adultos e
entendemos o negócio. Isto
São apenas negócios, apesar de tudo, mas como resultado, nenhuma música que uma
estação de rádio pode tocar nesses dias não é necessariamente a canção que vai
fazer você reagir mais.
É o que o
fará permanecer preguiçosamente sintonizado na estação para que eles possam anunciar
suas lucrativas propagandas de coisas que nós esperamos consumir.
Porcaria,
se você me perguntar.
Costumava
haver tantas canções escritas com a noção romântica de uma rádio estar em algum
lugar. Rádio costumava ter um toque de frescura. As estações de rádio em todos os
EUA tinham sua própria playlist, e muitas vezes uma banda local receberia sua primeira
grande chance tocando na rádio de sua cidade natal.
A música de rádio hiper-testada de hoje ficou
muito artificial, tediosa e mundana.
Pessoalmente, eu gostaria que houvesse uma estação old-school de punk rock em
cada cidade. Eu ouviria mais rádio com mais freqüência, se fosse o caso. Mas
eu gosto de tudo “old school”. Rhythm & Blues
old-school, rock dos anos 70, etc. E aparentemente pessoas da minha idade TEM
poder de compra, certo? Não seria inteligente se alguma corporação percebesse que tocar
anúncios no rádio de carros e roupas para um cara como eu pode ser uma coisa genial
para se fazer?
Mas eu
gostaria da chance de encontrar alguma música new-school via rádio também. Eu amo algumas de Beach House e
Red Fang. E o que
mais está lá fora que eu não conheço? Eu tenho que pesquisar
online agora. Acessar
o Pandoras e Youtubes e Spotify – ou ir ao Capitol Hill para ver o que há de
novo nos dias atuais?
Nunca haverá um tempo no futuro que algumas crianças, como eu, irá sintonizar
uma estação de rádio ao invés de ouvir seus iPods? Será que eu ouviria o rádio
se eu tivesse um iPod por muito tempo? Eu poderia... se não apenas para
descobrir alguma coisa nova.
Originalmente
publicado em 29 de junho de 2012: http://blogs.seattleweekly.com/reverb/2012/06/hey_what_happened_to_the_radio.php