Tradução
da coluna do Duff na ESPN:
Mark Lanegan viveu na dureza, mas ele manifesta sua
experiência em sua música poderosa.
Um garoto crescendo nos anos ’70,
me parece ser a mais profunda história pessoal de um artista que poderia ecoar
na minha psique infantil. Artistas como Sly Stone, The Clash, The Rolling
Stones e Johnny Thunders registrariam em minha avaliação anti-B.S. algo muito
mais, digamos, comercial e feito pra rádio.
No início dos anos ’90, uma nova geração inteira do rock n’ roll
verdadeiro se tornou de rigueur. A
cena rock em Seattle começou a ter atenção mundial, e os músicos nesta
revolução aparentemente tinham um ângulo diferente principalmente nos
verdadeiros e menos confortáveis extremos da vida. Um destes músicos estava na
banda Screaming Trees, liderado pela voz deformada de um Mark Lanegan.
Durante a liderança de Mark
no [Screaming] Trees, ele começou a fazer seu primeiro álbum solo – algo mais
cru que falava mais do lado natureza-humana de Mark e os problemas e conflitos
que estavam selados em sua vida até então. Todos nós passamos por nossa própria
merda na vida, e álbuns como esse que Mark estava fazendo parece dizer muito
para nós que ouvimos.
Depois do Screaming Trees, Lanegan fez os agora famosos LPs “Field
Songs” e “Bubblegum”, tudo isso enquanto cantava como membro do Queens Of The
Stone Age. Ele então se uniu ao frontman do Afghan Whigs, Greg Dulli, para
formar The Gutter Twins – talvez uma das melhores bandas ao vivo em turnê da
história.
E isso – dado ou tomado outra meia dúzia de esforços – nos traz
agora para a muita aguardada sequencia de “Bubblegum”.
“Blues Funeral” de Mark
Lanegan Band foi lançado mês passado, e isto é um olhar escaldante em um genial
compositor e performance. É também um passeio profundo e cheio de experiências
pela mente de um cara que tem passado pelas câmaras de torturas particulares da
vida e sobreviveu a isso tudo para nos contar. Ele viveu, morreu e mentiu o
bastante para se tornar forte nos dias de hoje, e isso é muito mais profundo
por causa destas provações. Este é o tipo de álbum que fica por um tempo.
Originalmente
publicado em 13 de março de 2012: http://sports.espn.go.com/espn/thelife/music/news/story?id=7683740