quinta-feira, 15 de março de 2012

‘Blues Funeral’, um esforço permanente

Tradução da coluna do Duff na ESPN:
Mark Lanegan viveu na dureza, mas ele manifesta sua experiência em sua música poderosa.

E agora, dando uma pausa em toda a cobertura sobre para onde Peyton Manning estará indo na próxima temporada ou quem deve ou não deve ser alçado a Nº1 no basquete universitário (NCAA); aqui está uma sugestão de música que tem algum fundamento. Venha comigo riscar abaixo da superfície do rock comercial – e explorar uma joia de artista.
Um garoto crescendo nos anos ’70, me parece ser a mais profunda história pessoal de um artista que poderia ecoar na minha psique infantil. Artistas como Sly Stone, The Clash, The Rolling Stones e Johnny Thunders registrariam em minha avaliação anti-B.S. algo muito mais, digamos, comercial e feito pra rádio.
No início dos anos ’90, uma nova geração inteira do rock n’ roll verdadeiro se tornou de rigueur. A cena rock em Seattle começou a ter atenção mundial, e os músicos nesta revolução aparentemente tinham um ângulo diferente principalmente nos verdadeiros e menos confortáveis extremos da vida. Um destes músicos estava na banda Screaming Trees, liderado pela voz deformada de um Mark Lanegan.
Durante a liderança de Mark no [Screaming] Trees, ele começou a fazer seu primeiro álbum solo – algo mais cru que falava mais do lado natureza-humana de Mark e os problemas e conflitos que estavam selados em sua vida até então. Todos nós passamos por nossa própria merda na vida, e álbuns como esse que Mark estava fazendo parece dizer muito para nós que ouvimos.
Depois do Screaming Trees, Lanegan fez os agora famosos LPs “Field Songs” e “Bubblegum”, tudo isso enquanto cantava como membro do Queens Of The Stone Age. Ele então se uniu ao frontman do Afghan Whigs, Greg Dulli, para formar The Gutter Twins – talvez uma das melhores bandas ao vivo em turnê da história.
E isso – dado ou tomado outra meia dúzia de esforços – nos traz agora para a muita aguardada sequencia de “Bubblegum”.
“Blues Funeral” de Mark Lanegan Band foi lançado mês passado, e isto é um olhar escaldante em um genial compositor e performance. É também um passeio profundo e cheio de experiências pela mente de um cara que tem passado pelas câmaras de torturas particulares da vida e sobreviveu a isso tudo para nos contar. Ele viveu, morreu e mentiu o bastante para se tornar forte nos dias de hoje, e isso é muito mais profundo por causa destas provações. Este é o tipo de álbum que fica por um tempo.

Originalmente publicado em 13 de março de 2012: http://sports.espn.go.com/espn/thelife/music/news/story?id=7683740

 
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