quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cansado de todos esses bowls desnecessários

Tradução da coluna do Duff na ESPN:
Keith Price (QB do Huskies) jogou como se merecesse estar em um bowl; já defesa do UW nem tanto.

Então, a longo prazo – e pra ser honesto sobre isso – eu estava feliz pelo meu time de football Washington Huskies ter feito um bowl game [Nota: bowl game são jogos realizados pós-temporada com equipes universitárias de football]. Se você é um old-school como eu, bem, então você lembrará do tempo num passado não muito distante, que um time mediano/desclassificado de modo algum faria aparição em um bowl. Isto seria loucura há poucos anos atrás.

Mas puxa. Nós todos estamos cientes do dinheiro que mesmo a aparição do menor time universitário na pós-temporada pode ganhar. Assim, temos o que temos agora. Equipes ruins e até mesmo equipes horríveis (registros abaixo de .500, pra começar?!), estão fazendo jogos bem depois do tempo que a temporada regular dos estudantes-atleta terminou.
É quase como nos dias de hoje, com o princípio moderno da Little League de “todo mundo recebe um troféu”, que de alguma forma é jogado pra cima do campo universitário. Bem, pelo menos é onde o football universitário está em questão.  Cujos pais é a vez de levar os lanches após o Beef ‘O’ Brasy’s Bowl?
O sorteio de algum desses confrontos são horríveis também. É como uma espécie de “quem-realmente-se-importa-onde-UCLA-está-jogando-ou-com-quer-que-seja-que-eles-tenham-jogado”. Duas equipes tão ruins que os treinadores de ambas as equipes foram demitidos, e o bowl game teve dois técnicos interinos. Eca!

Mas o sorteio de Baylor versus Washington tinha um tipo interessante de sub-história. Ótimos ataques. Horrível... não... defesas abismais durante a temporada. Baylor é claro, merecia fazer um bowl game em 9-3. Contra o Huskies, porém? Eu não sei. Eu aposto que os fãs de Baylor se “sentiram” um pouco.

Eu sou um fã de longa data do time do Husky. Desde os dias de Sonny Sixkiller até os dias de hoje; eu estive com eles nos maus, bons, maus, bons e maus momentos novamente. É o que nós fazemos... não é mesmo, fãs de football? Bem, é claro que sim!
Mas eu tenho que dizer a verdade aqui. É a temporada de férias e todos nós em um grau ou outro, só deveríamos ter um amistoso fora de casa, ou dois visitantes, ou poderíamos ser os únicos a ser visitante. No meu caso, para explicar quão baixa era a minha expectativa quando ao Huskies, eu tinha feito uma reserva de jantar para minha família e a família de um amigo as 6:00 PM no dia 29/12. Er... no momento exato em que o jogo Baylor-Washington em Alamo Bowl estava em andamento...

Que se dane, eu pensei. Eu não posso cancelar meu jantar agora. Quero dizer, sejamos honestos: o Huskies ia ser demolido, certo? Nós estaríamos jogando contra o nº 15 do Baylor, com seu dominante troféu Heisman de melhor quarterback, Robert Griffin III. Além disso, o restaurante em que estávamos contava com um bar no outro lado. Eu poderia agir como se estivesse indo ao banheiro mais vezes além do habitual e ver o resultado da partida (minha esposa Susan não caiu nessa).

Se alguém de vocês sabe a respeito desse jogo, de fato, a defesa não jogou, mas o lado ofensivo do Husky apareceu de formar a fazer uma grande primeira metade do jogo. Como eu corri com o jantar para que eu pudesse chegar em casa para ver a segunda metade do jogo, meu Huskies chegaram a 35-24 no final do segundo quarto. Mas que? Seria isso o jogo em que nossos times começam bombando para o ano seguinte? Nós certamente ganharíamos as manchetes nacionais, certo? Caramba. Talvez nós até ganharíamos alguns novatos fodões graças a nossa iminente dominação frente ao time do cara do Heisman. Certo? Certo?
Eu acho que me esqueci de como nossa defesa parece uma peneira...
Eu cheguei em casa e me sentei para ver a “ótima” segunda metade do football do Husky. Como estávamos em 42-24, porém, não foi algo no ar que nunca me deixou convencido de que o Washington poderia virar o jogo. Este foi o pior jogo defensivo que eu já vi (e isso remonta a 89’ers League, que eu joguei quando tinha 8 e 9 anos de idade). Não foi um football divertido de se assistir. Você sabia que cada ataque iria marcar em literalmente uma ou duas jogadas, e então eles mudavam de lado e faziam a mesma coisa.

Quando o Huskies perderam de 67-56, eu sabia imediatamente que uma mudança de treinador defensivo era iminente antes do coordenador defensivo, Nick Holt, ser demitido no sábado. O treinador Steve Sarkisian tem uma nação Husky para acreditar novamente, e eles sabe que não pode atrasar um parágrafo ou alcançar isso com sua equipe e ainda obter o apoio que ele precisa para levar o programa para frente.

O novato quarterback do Washington, Keith Price, é o melhor que eu vi jogar aqui há anos (desculpa, Jake Locker). Nossa linha ofensiva e recebedores não têm medo de ninguém. E antes de seu anuncio na segunda-feira, de que entraria para o draft da NFL, eu ainda estava esperançoso de que o destaque running back Chris Polk poderia ficar por mais um ano.
Mas agora, nós temos de conseguir “isto” do coordenador defensivo, que pode mudar as coisas com pressa e fazer com que essas crianças voltem a acreditar nelas mesmo novamente.
Eu tenho certeza de que este jogo extra foi ótimo para um time como o Huskies. Uma espécie de “viagem de final de ano”. Mas estes bowl games não-seqüenciais não acrescentam nada para nós, se você me perguntar. Não há encanto. Não há um playoff como próxima etapa. Eu acho que bowl games são ótimos para recrutamento e bom para os reforços e fãs que querem ir pra algum lugar nas férias próximas aos feriados.
Outra coisa além disso? Bah, mentira. A maioria destes bowl games é tédio puro.

 
Duff McKagan Brasil © 2011-2015