quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A mídia do boxe ainda me fascina

A procura de Duff McKagan por esportes de ação o levou escolher Cotto-Margarito em relação Oregon-UCLA.

De volta após um mês longe do velho e bom Estados Unidos, faminto por notícias de jogos americanos, eu digeri vorazmente a ESPN e a ESPN2 na maior parte da manhã e a tarde de sexta-feira.
Como resultado, eu encontrei que a revanche da luta Cotto-Margarito de cerca de 3 anos atrás seria transmitida em pay-per-view pela HBO na noite seguinte. Como um fã de luta, eu sei que a HBO, claro, faz aqueles “24/7” expondo os dois lutadores, seus locais de treinamento, e o “ângulo” que pode ou não pode estar ali. (Outro resultado de voltar pra casa e assistir a ESPN foi que eu vi que UCLA esta jogando com Oregon pelo Campeonato Pac-12 aquela noite. Eu pensei que eu tivesse lido errado. UCLA? Em 6-7? Oh, está certo, USC está em liberdade condicional. Esta coisa de divisão norte e sul: bobeira).
O “angulo” que é feito desta luta é interessante por fazer parecer possível que Antonio Margarito tenha usado gesso em suas luvas antes seu último round e a concussão de Miguel Cotto naquela última luta. A suspeita surgiu quando o gesso aparentemente foi encontrado um pouco antes de uma luta entre Margarito e Shane Mosley, após o massacre de Cotto.
HBO levou o espectador mais longe, já que eles pintaram um quadro claramente preto e branco; O Bom (Cotto) versus o Mal (Margarito) era a história que a HBO tinha para contar, e eles jogaram até o fim. Hey, essas coisas vendem. E eu mordi a isca.
Isto é algo interessante, com certeza, e eu me vi envolvido em cada um dos episódios de “24/7” que eu assisti na noite de sexta-feira. Eu pedi a luta para a próxima manhã, ainda mexido com o “hype do gesso” da noite anterior. Boxe, tarde e lentamente, mas com certeza, sentiu a diáspora de jovens talentos em lutas indo pra o mundo misto das artes marciais.
MMA apenas tem seu brilho nos dias de hoje por aqueles jovens que em outro caso teriam ido pra YMCA ou academia de boxe juvenil Boy’s and Girl’s Club. Estes jovens  agora simplesmente aprendem a lutar e aprendem movimentos de submissão, armbars, etc. MMA tem flash e a juventude ao seu lado. O boxe falhou em trazer algo de novo, jovem, a audiência jovem em sua maior parte.
Isto tudo deixa a HBO meio que de saco cheio em ter que controlar e torná-lo interessante
Minha pequena “discussão”, aqui e agora, não é uma maneira de favorecer o Boxe sobre MMA. A julgar pela última vez que eu escrevi sobre boxe, isto parece ser o tópico favorito para alguns de vocês irem uns contra os outros. Eles são dois esportes muito diferentes, se você me perguntar. É como discutir futebol (soccer) versus futebol americano (football). É um argumento idiota.
De volta a matéria em questão: a atual luta Cotto-Margarito no sábado.
Se você precisasse de uma prova do nível de talento minguante no boxe, era preciso olhar mais longe do que estes três underdas para ficar convencido. Além de talvez Brandon Rios, não havia mais nenhum outro elegante praticante da “doce ciência” do boxe. Parecia entediante até mesmo para os narradores da HBO-PPV Max Kellerman e Emanuel Stewar.

Assim que o evento principal começou, ficou evidente desde o começo que Cotto era de longe o lutador dominante daquela noite. Mas a questão que permanecia, Margarito aguentaria a energia de Cotto até o round final e pagaria sua retribuição. Não. E mesmo que o time de narradores da HBO-PPV tenha feito o seu melhor para incutir dúvidas a respeito da habilidade de Cotto, no final era apenas um affair desequilibrado. Você não iria saber se você apenas tivesse ouvido a transmissão.
E sim... sim, eu sei que no início dos anos ’70, quando a audiência do boxe tinha diminuído quanto aparentemente tem sido agora, nós tínhamos 2 campeões de suas categorias que conspiraram bastante para evocar interesse. Mas quando Muhammad Ali e o narrador Howard Cosell fez sua peça teatral em larga escala, havia em jogo oponentes como Joe Frazier e George Foreman, e não havia MMA para drenar os talentos.
Então, eu sou todo a favor da HBO tentar despertar interesse e tal, mas é época de vacas magras, amigos.
A menos é claro, Mayweather versus Pacquiao nunca aconteça.

Originalmente publicado em 07 de dezembro de 2011: http://sports.espn.go.com/espn/thelife/music/news/story?id=7319603

 
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