Tradução da coluna do Duff em SeattleWeekly:
Duff conta sobre como enfrentar os ataques de pânico
Eu acabo de ter um ataque de pânico.
Estou no
avião. É menor do que o que estou acostumado. Assim que a porta fechou, minha respiração ficou
difícil. Eu tirei meus sapatos, o casaco, e comecei a beber minha garrafa de
água.
Beber água, para mim, tira toda
a concentração da respiração por um momento e me dá um pouco de segurança.
Eu já pensei em escrever sobre
pânico aqui antes, pois sei quantos de nós sofremos com isso.
Eu já pensei em escrever quanto
estivesse tendo um, então poderíamos ter uma visão de dentro. Mas quando eu
tive esse ataque, eu não podia pensar corretamente para escrever.
Muitas pessoas perto de nós
sofrem com algum tipo de desordem do pânico, variando desde leve ansiedade até
crises agudas de pânico. Eu sofro desse mal desde meus 17 anos.
Essa pode ser uma péssima
experiência, além de fonte de constrangimento. Você nunca sabe quando pode
acontecer. E se você estiver num local com vários desconhecidos?
Eles provavelmente vão pensar
que você é louco ou está drogado.
À beira do ataque de pânico, seu
coração começa a disparar e sua mente começa a ficar lotada com muita
informação. Um aperto começa em volta do seu peito, suas extremidades ficam
geladas, e você tem necessidade de tirar as roupas pela sensação de sufocante
claustrofobia. Não é legal.
Cada um tem diferentes reações
que acabam levando aos ataques de pânico. Elevadores, estar dentro de um carro
em estradas, andares altos de prédios e outras milhares de experiências.
Inicialmente havia várias coisas
que eu não podia fazer por conta da minha aflição; esse é um tipo de problema
que acaba co ma auto estima, levando a mais e mais ataques. É um ciclo vicioso
que parece ir cada vez mais rápido e fora do seu controle.
Tenho estado apto a controlar um
pouco essas situações com a ajuda das artes marcias, mas eu ainda tenho
problemas com aviões.
Não é o avião cair e bater que
me traz essa sensação – é a claustrofobia de quando as portas são fechadas e eu
sei que estou trancado em um tubo do qual não posso sair por um determinado
tempo. É totalmente assustador para mim... cada vôo é uma viagem nas meditações
das artes marciais e prática de todas as coisas em que tenho trabalhado. Lembre,
eu não posso beber ou me drogar.
Estou ok
agora. Me sinto melhor.
Minhas roupas estão de volta no lugar e a água acabou, mas eu me recuperei
completamente.
Por que alguns de nós temos
ataques de pânico? Somos mais sensíveis que outros? É por isso que temos esse
problema? Será que nosso mecanismo cerebral “voe ou lute” é um pouco mais
alterado que o das outras pessoas? Temos menos dopamina ou serotonina que as
outras pessoas?
Alguma coisa aconteceu em nossa
infância que nos fez ter esses ataques de pânico?
Eu não sei, Eu já ouvi várias
teorias diferentes, já tentei explorar todas. Eu sei, entretando, que há tantas
pessoas como eu que isso até alivia minha cabeça e não me sinto sozinho nessa.
É um conforto saber que não sou “louco” ou qualquer coisa do gênero, e que há
um certo companheirismo entre todos nós, correto?