segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Duff Mckagan’s Loaded no Brasil: Memórias inacreditáveis de uma turnê inesquecível - parte 2




Jeff Rouse desceu do quarto do hotel, mas graças ao segurança, não pude encontrá-lo. Logo após isso, a banda pega a van e vai fazer a passagem de som. Assim como no SWU, os caras passaram Lords of Abbadon(sem o Duff nos vocais) e We Win. Ainda passaram um pedaço de Monkey Business do Skid Row. Enquanto aguardava a chegada de minhas entradas, junto com o nome na lista de convidados, o portão se abre. Atrasos e mais atrasos. Começo a ficar preocupado. Será que não conseguiria entrar? Será que teria viajado tantos quilômetros para perder o show deles? Faltando dez minutos para o inicio do show, eis que surge Dave “The Snake” Sabo, guitarrista do Skid Row e manager da banda. Conversamos e cinco minutos depois chega o tão esperado passe para que eu possa entrar. Por coincidência ou não, no exato momento em que fico de frente para o palco, começa a tocar a já conhecida musica de introdução para os shows. E então entram os caras.


Executioner’s
Duff, com sua manjada jaqueta sem mangas, e parecendo cansado dá as saudações a Porto Alegre, e então começa o show. Mais uma vez Jeff Rouse acena pra mim no inicio da musica, e então finalmente eu pude sentir toda a energia que os fãs gaúchos são capazes de passar. Duff parecia sentir o mesmo, pois mesmo doente exalava o poder de estar tocando para grandes pessoas. O set seguia rigorosamente igual ao do SWU, com direito a uma tentativa frustrada de Duff descer do palco em Seattlehead (tentaram puxar Duff, o que fez com que ele voltasse logo ao palco). Então, uma surpresa: a banda toca Your Name. Confesso que não esperava por essa, e me fez animar ainda mais apesar de todo o cansaço. Palhetas sendo jogadas a toda hora, e Duff acenando para as câmeras. Chega então o “Gran Finale”. Attitude e Itso Easy.


O show termina, e a banda volta para o camarim. Agora era o momento de ir encontrar os caras. Snake tinha dado dois passes de acesso, que dividi com minha amiga, Tanise Carvalho, e então fomos tentar adentrar a tão sonhada área VIP. Fomos barrados pelos seguranças da casa. Mas por quê? Descobri depois, que Duff realmente não estava bem e foi levado ao hospital. As informações que tenho, é que ele teve um forte ataque de sinusite, mas fontes afirmam que foi pneumonia. E mais uma vez o Down arregaça no palco, com o mesmo encerramento: Bury Me in Smoke.
Desta vez, sobem Jeff, Mike e Burke. A mulher de Phil assume a outra guitarra. Agora o jeito era voltar para o hotel, encontrar mais fãs e esperar até que chegasse a hora de meu vôo para Curitiba.

Como já era de se esperar, encontrei cerca de uma dúzia de fãs, em sua grande maioria esperando pelo Down. Dentre eles, pelo menos alguém, uma fã do Duff com quem conversar: Juliet. O nome faz jus a sua beleza, mas isso não vem ao caso... Após algum tempo, um dos Roadies da turnê, que eu não sei o nome até agora, desceu para bater um papo com a gente. “Entediado e sem sono, vamos conversar” dizia ele. Mas então a galera ficou grande, e ele achou melhor voltar para o quarto. A noite ia passando, e a galera ia ficando menor. Em certo momento, éramos apenas quatro. Decidimos então ir ao aeroporto, tomar um devido café da manhã. Um expresso para mim foi o suficiente. Nesses momentos você descobre o verdadeiro poder da cafeína. Conforme a manhã progredia, e as horas passavam, meu vôo ficava mais próximo. Voltamos para os portões do hotel, e continuamos batendo algum papo. De repente se passou pela minha cabeça: E se eles forem no mesmo vôo que eu?
Consultamos horários, e descobrimos que pela parte da manhã tinham apenas dois vôos para Curitiba. Levando em consideração que é necessária uma hora de antecedência para o Check In, e que eles tinham menos do que isso para pegar um dos vôos, as possibilidades de estar no mesmo avião que os caras aumentavam. Surge então o motorista encarregado de levar os caras até o aeroporto. Eles iriam para Curitiba ao meio-dia.
Mas, o vôo mais próximo do meio-dia era o meu vôo, marcado para as 12h55min. E a tensão aumentava cada vez mais. Sai então a van do Down. Pegamos um taxi e vamos rumo ao Aeroporto. Nesse momento, éramos apenas três. Chegando lá, estacionamos no mesmo momento em que a van. E então desce Kirk e o resto da banda. E Por fim, Phil. E vêm os caras falar com a gente. Por trás de todas aquelas barbas, e caras malvadas, batem corações das crianças mais dóceis do mundo. Quando ficaram sabendo de toda a correria que eu estava fazendo, e assistindo toda a turnê, faltou apenas eles me reverenciarem. E eu pensava apenas: “Caramba, eu sou o cara mais sortudo do mundo, com alguns dos caras mais legais do mundo”. Mas restava uma duvida: e o Loaded, já estaria no aeroporto? Já teria ido para Curitiba? Algumas conversas e fotos depois, vamos todos para o interior do aeroporto, prontos para ir a sala de embarque. Na metade do caminho, eis que encontro ninguém mais ninguém menos que Burke Thomas, o baterista convidado para substituir Isaac na turnê. De fato, o Loaded estava ali...


Parte 3

 
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